terça-feira, 6 de setembro de 2011

Trigésimo Terceiro Dia

Trigésimo Terceiro Dia – 31 agosto 2011
Bogota a Papayan
Como pretendíamos chegar a Pasto, cidade da Colômbia, onde mora nosso amigo Hernandes, cidade que se situa perto da divisa com o Equador, o que daria mais ou menos uns 800 km, o sol ainda não tinha dado o seu ar da graça e já estávamos cortando  estrada. Eram exatas 5h da manhã, ou seja, caímos da cama às 4h. Afff!!!
Em princípio, o asfalto era de boa qualidade com muitos trechos de autopista, contudo, quando iniciamos a cruzada pela Cordilheira dos Andes, o martírio se iniciou novamente. A altitude máxima ficou em 3.286 metros acima do nível do mar, e as curvas eram contínuas e bem acentuadas que segundo o companheiro Lírio, fariam a Serra do Rio do Rastro ou um cotovelo passarem vergonha. De aproximadamente 600 km que percorremos neste dia, uns 50% eram em áreas montanhosas (andinas) com cursas e mais curvas, o que acaba comprometendo o rendimento da viagem, pois não se consegue andar a mais de 40 km a 60 km/hora devido ao grande número de caminhões transitando, bem como, o terreno exageradamente “dobrado”. Com certeza esse é um grande teste para quem manobra uma motocicleta. Os sustos foram muitos e a adrenalina estava à flor da pele, o que por vezes acabava alterando um pouco os ânimos da galera, o que é completamente compreensivo diante da situação do forte stress, mas graças ao nosso bom Deus a expedição seguiu com todos intactos e sem nenhum incidente. As paisagens que vislumbrávamos eram lindas, o que nos trazia um certo consolo.
Um grande trecho dessa rodovia, principalmente nas montanhas, possui somente uma pista, dificultando o trajeto e ao mesmo tempo tornando-o muito perigoso em função dos inúmeros desmoronamentos que acontecem lá. O governo colombiano está construindo uma segunda pista com obras de engenharia que é de “encher os olhos”. São túneis e pontes sendo construídos em penhascos com mais de 200 metros de profundidade. Realmente impressionante!
Quanto à economia observada ao longo do trecho de Bogotá até Cali, muita criação de gado e plantações de milho. Passado Cali, plantações enormes de cana de açúcar, plantações de café e criação de gado.
Quando chegamos à cidade de Popayan ainda faltavam uns 200 km até Pasto e o sol já estava no poente. Determinados a irmos até Pasto nesse dia, seguimos viagem, mas ao subir uma serra a moto do Filippi pegou um buraco entortando o pistão do braço hidráulico que levanta o cavalete central. Como a regulagem do pedal do freio estava “enforcado”, isso fazia com que as pastilhas ficassem encostando, o que conseqüentemente gerava um super aquecimento das mesmas. Esse aquecimento exagerado ocasionou o não funcionamento dos freios. Ficamos em um posto de combustível por uns 40 minutos aguardando o seu esfriamento. Testamos os freios e resolvemos dar prosseguimento em nossa viagem, lembrando que já havia anoitecido. Logo mais abaixo, paramos para checar os freios. O traseiro estava novamente super aquecido, então, a preocupação se instalou e a segurança de todos falou mais alto. Paramos em uma pousada ao lado da carretera(rodovia), onde decidimos pernoitar, pois havia garagem para as motos, jantar para os famintos e uma caminha nos chamando depois de um dia daqueles. Era uma pousada muito simples, porém, simpática, onde pessoas costumam ir para praticar tirolesa. É uma grande tirolesa com uma extensão de 950 metros e uma altura de 150 metros, com um cabo de aço de 3 polegadas. Como a altura era bem expressiva, o cabo meio fino e os cintos um pouco antigos, acabamos não nos encorajando a praticar o esporte, ainda que haviam dois integrantes do grupo atiçadinhos para fazê-lo.
























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