terça-feira, 6 de setembro de 2011

Trigésimo Sexto Dia


Trigésimo Sexto Dia - 03 Setembro 2011

 Pasto - Colombia para Quito - Equador

E a viagem continua...Apesar de termos dormido apenas três horas na noite anterior, todos acordaram muito bem dispostos e bem humorados, pois a interação com nossos amigos colombianos foi bárbara. Saímos de San Juan del Pasto na Colômbia, habitualmente chamado de Pasto, com destino a Quito, capital do Equador, por volta das 10h. Acompanharam-nos em sua BMW o amigo e irmão Hernando e sua esposa Marta.
Saímos de Pasto com uma temperatura de 18 graus, mas à medida que descíamos a Cordilheira a temperatura baixava chegando a registrar 8 graus.
Nossa primeira visita do dia foi na cidade de Ipiales, ainda na Colômbia. Fomos conhecer e fazer nossa oração no Santuário de Nossa Senhora de Las Lajes que é uma catedral dos padres capuchinhos e se encontra literalmente encravada em uma montanha na Cordilheira. Centenas de fiéis e romeiros se faziam presentes naquela bela Igreja, construída inicialmente no ano de 1.826, para mais tarde sofrer ampliações. Nossas motos bem como nossas vestimentas fizeram um belo contraste com as pessoas que lá se encontravam e acabamos virando atração.
Depois de descermos exatos 262 degraus chegamos à bela Igreja. Marta, muito gentilmente comprou algumas velas decoradas, de modo que pudéssemos fazer nossos pedidos a Nossa Senhora de Las Lajes que é conhecida por suas inúmeras graças alcançadas. Agradecemos a Deus Nosso Pai e a Nossa Senhora de Las Lajes pela oportunidade de podermos fazer esta viagem com segurança. Com certeza eles se fazem presentes ao longo de nossa expedição, nos protegendo e nos permitindo a realização de todo nosso plano de viagem, pois apesar de alguns contratempos, todos estão muito bem e felizes.
Chegando à fronteira com o Equador, nosso amigo Àlvaro e sua namorada Carol, entraram no comboio. O Hernando nos encaminhou para fazermos a parte burocrática de entrada ao Equador. Com toda a documentação em mãos, o visto no passaporte foi rápido, mas a documentação das motos demandou um tempo enorme. Havia um Senhor muito mal humorado que atendia com uma pressa de tartaruga e com muita má vontade, o que acabava levando em torno de meia hora para cada moto. Sem acomodação alguma a espera foi no lado de fora da sala, pois o dito senhor não permitia mais de uma pessoa dentro da mesma. Depois de três horas intermináveis, tudo resolvido. Aí é que veio a pior parte: a despedida do amigo e irmão estradeiro Hernando e sua amável esposa Marta, pois apesar do pouco convívio, desenvolveu-se um laço de amizade e companheirismo tão fortes que é difícil explicar. Sentímo-nos como em uma grande família, e a sensação de saudade antecipada chegava a doer no peito. Hernando e Marta, vocês são pessoas muito especiais, que fazem toda a diferença ao existirem. Lágrimas sinceras de carinho e amor fraternal rolaram de nossos rostos na despedida dessas duas sensacionais pessoas. Que Deus os abençoe para que tenham sempre muita saúde, felicidade, paz, sucesso e muitas viagens. Nosso eterno agradecimento por tudo o que nos proporcionaram. Tudo mesmo!!!
O Álvaro e sua namorada seguiram viagem conosco até a cidade de Ibara, já no Equador. Praticamente dentro da cidade, encontra-se um vulcão de nome Ibabura que se encontra ativo. Lá fizemos um lanche num shopping para em seguida nos despedirmos deles. Queremos de todo coração agradecer a eles pela companhia, bem como, pela ajuda prestada na obtenção das passagens aéreas de Quito a Guayaquil. Na verdade, as passagens de Guayaquil a Galápagos já estavam compradas há uns 40 dias e eram para o dia 04/09/2011 e não para dia 05 como estava na programação e em nossas mentes. Foi um pequeno descuido de nossa parte, que gerou um pequeno transtorno, pois seria humanamente impossível fazermos a kilometragem necessária para chegarmos a Guayaquil onde pegaríamos o vôo à Galápagos. Então, por sugestão de Hernando e Álvaro, compramos passagens aéreas de Quito à Guayaquil, trajeto que pretendíamos fazer pilotando nossas motos. A saída foi deixar nossas motocicletas no hotel aos cuidados de nosso querido amigo Venezuelano, Carlos, e pegar um vôo até Guayaquil para lá fazermos uso de nossas passagens à Galápagos.
Nos despedimos de Àlvaro e Cárol e seguimos viagem, pois ainda tínhamos que percorrer mais 120 km até Quito. Como a rodovia era de excelente qualidade e bem sinalizada, a viagem foi bem produtiva e relativamente rápida. Vale lembrar que aqui no Equador, motocicletas pagam pedágio de 0,20 centavos de dólar, o que justifica o seu bom estado.
Eram 23h quando achamos um hotel que oferecesse garagem para as motos, pois aqui não é comum, ao menos não cobertas.
Fomos até nossas acomodações e tomamos uma chuveirada quentinha, pois o frio havia nos castigado bastante. Fomos nos deitar, pois só tínhamos novamente umas 3 horas para dormir. Estamos todos com as caras amassadas, parecendo uns zumbis ambulantes.



















































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