Quadragésimo Dia

Quadragésimo dia – 07 de Setembro de 2011

Tur em Quito – Equador – Metade do Mundo

Hoje o pessoal resolveu acordar um pouco mais tarde, tomar um bom café, com muita calma para em seguida fazer o tur pela cidade de Quito capital do Equador. Na noite anterior foi acertado um tur com uma Van para conhecer os principais pontos turísticos que a capital do Equador apresenta.

A nossa primeira parada foi sobre o alto do Vulcão Pululahva, sendo no seu topo a altura de 3.480m a nível do mar, altitude bem interessante para que todos sentissem um pouco do ar rarefeito, pois a cidade de Quito já se localiza a uma altura de 2.850m de altitude acima do nível do mar.

Chama a atenção deste vulcão que ele não tem bem definida a sua cratera e sim uma grande planície mais parecida como uma caldeira com em torno de 3.383 hectares de extensão estando inclusive habitado por 40 famílias e segundo as informações de nossa guia a população residente dentro da cratera do vulcão soma em torno de 120 pessoas que cultivam de tudo neste lugar.

Devido a sua formação de encostas, no período da tarde todo o vulcão é encoberto pela neblina por causa dos fatores metereológicos que influenciam sobre a montanha.

No ano de 1978 o governo Equatoriano declarou toda a extensão do vulcão em Reserva Geobotânica, devido ao potencial de fauna e flora que se desenvolveram nas encostas e em toda a sua extensão.

Mais tarde todo o grupo foi visitar o museu chamado Sítio Inti-nãn, local onde se localiza o marco zero de todo o mundo, onde a linha do Equador corta exatamente o centro da terra, dividindo o hemisfério sul do norte.

Era neste centro que queríamos tirar todas as dúvidas com relação a algumas teorias de que nesta linha por exemplo, o ovo fica em pé sobre a cabeça de um prego, a água desce pelo ralo sem girar e no hemisfério norte gira pra um lado e no outro hemisfério para outro lado.

Bom pessoal, depois que todos pagaram U$ 3,00 para entrar no museu, tivemos a grata satisfação de ter a companhia de um guia muito interativo que foi nos levando pelos vários pontos do museu, explicando detalhe por detalhe a todos.

Entre vários temas repassados para todos o que mais chamou a atenção foi o assunto da linha imaginária que divide os dois hemisférios. Realmente o assunto é intrigante e entre várias informações cabe explicar de que o Equador em 1733 foi considerado um dos lugares mais altos do mundo pela missão geodésica francesa que buscava os países mais altos do mundo para fazer a triangulação e confirmar a forma do planeta que é mais largo e achatado.

Para que todos saibam, o museu chamado Sítio Inti-nãn possui a linha imaginária contrariando o a teoria do museu oficial de Quito onde a primeira Missão Geodésica determinou omeridiano, missão esta, integrada por vários cientistas do mundo todo se reuniram e definiram que ali seria o meridiano. Poré a quatorze anos com um GPS militar nº 69, um pouco ao lado do museu oficial, neste lugar se calculou a latitude de 0º0'0", linha imaginária do meridiano que passa por Quito, nome da cidade que significa “Metade do Mundo” na língua Safiqui.

Neste local nos foi apresentado a experiência do efeito da força inercial ou pseudoforça de Curiolis de equilibrar um ovo sobre uma cabeça de prego fixado bem no centro do meridiano. Várias foram as tentativas e somente um conseguiu equilibrar o ovo sobre a cabeça de prego, e adivinhem, o felizardo é este que vos escreve, sendo agraciado com um diploma ao final de nossa visita.

Foi uma experiência ímpar, tendo sido apresentado várias demonstrações, inclusive do giro da água quando uma vasilha é esvaziada. Quando a vasilha se encontra sobre a linha do meridiano e o ralo é aberto a água desce sem girar. Quando a vasilha estiver no hemisfério sul e for tirado o ralo a água gira no sentido horário e no hemisfério norte, gira no sentido anti-horário.

Essas experiências estão todas registradas em fotos e gravações de vídeo, o que vai render um excelente DVD no final de nossa viagem, pois no dia de hoje tivemos uma excelente aula de geografia, física e história.

Mais tarde nos deslocamos para ver o monumento oficial construído onde tudo começou a partir do trabalho da Primeira Missão Geodésica, quando se decidiu empreender uma construção de tal importância que fizesse permanecer no tempo o reconhecimento a esta missão. Por esta razão é que em 1979, o Honorável Conselho Provincial de Pichincha decidiu começar com a construção do impressionante monumento que podemos ver e admirar atualmente.

Trinta metros de altura assinalam e identificam metade do mundo e ao seu lado foi onde se acabaria construindo a vila turística denominada também "Cidade Metade do Mundo", ao melhor estilo colonial, se começou por uma praça maior, um cabildo (prefeitura) e claro, a igreja.

Ali se podem ver os treze bustos que representam a cada um dos sábios científicos da Missão Geodésica Francesa que segundo a história, tinham arribado ao Equador em 1736 para participar da medição do meridiano.

À esquerda da Avenida o principal a ser destacado é a presença dos quatro pavilhões, o da Espanha, de França, da Alemanha e claro do Equador, cada um deles expondo uma temática científica e cultural atrativa e diferente.

É muito o que há para descobrir nesta pequena cidade, inclusive se pode até desfrutar do Museu Etnográfico localizado a nove níveis do terraço, e depois de ascender para ver de cima a Metade do Mundo, o que não é pouco.

Ao redor desta obra, como mencionei anteriormente, foram fluindo depois todo tipo de edificações, de restaurantes e lojas de artesanato, até escritórios de telefonia e correios.

Existem tantas coisas que visitar, porém o tempo é curto, mas com certeza já foi possível se deslumbrar, a linha imaginária, a divisão do planeta em duas partes tão simbólicas e ao mesmo tempo paradoxais hoje em dia, a divisão entre o Norte e o Sul.

Mais tarde todo o grupo se deslocou até o teleférico que nos levaria a uma altitude de 4.100m acima do nível do mar, onde a vista de parte da cidade de Quito é fantástica e nos mostra de quão é gigante esta cidade com seus 2.500.000 habitantes e a sua cidade bem dividida entre o centro histórico e o novo centro.

Aproveitamos também para circular no centro histórico e pudemos constatar a arquitetura antiga muito bem preservada. Posso dizer com toda franqueza, para quem gosta desse tipo de turismo, com certeza é um prato cheio de deslumbre observar todas as edificações antigas com suas características preservadas.

Bom pessoal, por hoje é só, precisamos todos descansar, pois amanhã nossas máquinas voltam a roncar em direção ao Perú.