Quinquagésimo Quarto Dia – 21 de Setembro de 2011.
Cochabamba a Santa Cruz de La Siera- Bolívia
Depois do dia turbolento de ontem, Cochabamba mudou o cenário da Bolívia e nos deixou um pouco mais apreensivo em relação ao país de Evo, ele tem sorte que o povo não condiz com a governança deste cidadão, e tem muita sorte por ainda ter investidores internacionais confiando neste país.
Bom, com o problema de abastecimento resolvemos ir ontem a noite até uma estação de serviço, por sorte havia uma bem próxima do hotel, o frentista não nos perguntou nada e encheu os tanques, como ele justificou não sei, sei que saímos de tanque cheio sem pagar nada a mais, só o preço de bomba.
Depois de uma boa e tranquila noite, tentávamos deixar a cidade de Cochabamba, quando na primeira hora andávamos pelas ruas, o companheiro Lírio percebeu que algo de errado havia em sua motocicleta, pois o pneu traseiro estava quase vazio, rodamos até uma estação de serviço que ficava logo à frente, e examinando o pneu localizou-se um prego no mesmo, restou retirar o prego e fazer um conserto, encher o pneu e pegar outra vez a estrada rumo a Santa Cruz.
La fomos nós acelerando as máquinas. Começamos trafegando pela última parte da cordilheira dos Andes da nossa expedição. Uma região muita linda, pois o verde e a água voltaram a complementar a paisagem, além de belo, este trecho foi um tanto complicado. Por possuir diversas falhas geológicas, não é possível asfaltar, foi feito uso de uma espécie de calçamento com pedras da região, parecidas com pedras de rio e a pista ficava escorregadia, também há vários desníveis na pista e isso faz com que se tomem precauções, reduzindo drasticamente a velocidade neste trecho. Passado isso, é hora de abastecer, chegamos à estação de serviço e lá estava à fila enorme de veículos a espera do abastecimento e como na maioria dos países da America do sul, motos tem preferência de furar fila e ao chegar à bomba lá veio o gerente acompanhado de um militar e disse: vocês podem abastecer, mas pagando o valor de estrangeiros e sem poder argumentar pagamos o preço e fomos embora.
Agora o cenário mudou totalmente, nem parecia que estávamos na Bolívia, parecia mais estar ao noroeste do Paraná. Terras 100% produtivas com diversas atividades agrícolas e pecuárias. E então chegamos a Santa Cruz de La Siera, província responsável por gerar 78% das divisas de todo país, a província conta com aproximadamente de 4 milhões de habitantes, destes muitos são cidadãos brasileiros naturalizados bolivianos. Nesta província são várias etnias que fazem com que a província de Santa Cruz cresça em diversas direções.
Chegamos à cidade e logo percebemos que algo de diferente ali havia, quando pedimos sobre o setor hoteleiro, já foram logo nos avisando que seria difícil, pois estava sendo realizada a feira Agro-industrial. Então conversamos com algumas pessoas e um deles simpatizou com nós e este disse ter um bom relacionamento com o setor hoteleiro, seguindo o rapaz começamos a procura de hotel e depois de passar por dois hotéis lotados, foi no terceiro que o rapaz conhecido do hotel pediu à gerente que arrumasse um lugar para ficarmos, e a gerente sem ter muito que fazer, num hotel quatro estrelas, em Santa Cruz de La Sierra – Bolívia, gentilmente nos ofereceu a sala de eventos, no Hotel Arenal S.R.L. uma vez acertado. Montaram oito camas na sala de eventos, próximo a sala do café da manhã, como era à única opção de hospedagem que tínhamos a sala virou o quarto de todos. Improvisaram uma divisória separando o casal, nos deram um banheiro de uma suíte de um hóspede que chegaria mais tarde para que pudéssemos tomar banho e banheiro para as demais necessidades foram usados os do refeitório.
Passado o sufoco e banho tomado, resolvemos ir ate a Feira Expo Cruz (maior feira agroindustrial da América Latina). Ao chegar lá nos deparamos com as maiores filas que já vimos, para adquirir o ingresso de entrada, falamos em ir embora pois não teríamos chance, vamos entrar na feira e já estará fechando. Então o amigo Filippi tropeçou com um segurança que tava contendo a venda de ingressos falsificados, bateu um papo e com o jeitinho brasileiro convencemos o cara a comprar as entradas para nós e deu certo. Estávamos dentro da feira. E para se ter uma idéia da feira só conseguimos ver alguns corredores e alguns estandes, exp. Bovinos, automóveis e motocicletas e a feira já estava fechando. Precisa-se de uns quantos dias para ver detalhadamente os estandes dos expositores, os países de melhor parceria com a Bolívia tem galpão exclusivo, por exemplo, Brasil, Argentina, Chile, etc.
Por hoje fico por aqui.
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